quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Duplicação da rodovia é uma das prioridades

O Nacional – Passo Fundo

Deputado Beto Albuquerque iniciou agenda pelo interior do Estado ontem para ouvir reivindicações dos conselhos de desenvolvimento. Para Passo Fundo, uma das principais demandas é a duplicação da BR-285

Beto: pronto para decolar

Diário da Manhã – Passo Fundo

Em Passo Fundo, o deputado federal e pré-candidato ao Palácio Piratini, Beto Albuquerque (PSB), iniciou na manhã de ontem, 20, a série de encontros em municípios gaúchos para debater soluções aos problemas do Estado. Mas a ocasião passou longe de ser simplesmente uma reunião sobre prioridades regionais. Mesmo extra-oficialmente a campanha já começou. O deputado passo-fundense iniciou pela terra natal uma agenda que deve ser extensa pelo interior do Estado. Durante à tarde, ele seguiu para Erechim.
Batizados de “Desenvolvimento Regional: Assim o Rio Grande vai Decolar de Novo”, os encontros estão sendo sediados pelas Câmaras de Vereadores e contam com a presença de entidades de classe, universidades, Conselhos regionais e membros das comunidades. Na capital do Planalto Médio, o evento teve apoio do Corede da Produção, Acisa e Conselho de Desenvolvimento de Passo Fundo. “É muito importante numa época dessas a gente ter tanta gente aqui presente. Acho que com isso vamos estimular o compromisso de que esse debate seja feito durante todo esse ano que é um período político. Ao promover esse encontro aqui, como vou promover ainda hoje em Erechim, estou querendo que o desenvolvimento regional seja uma pauta, seja assunto”, disse o deputado.
Interiorizar o desenvolvimento foi um dos pontos-chave durante a fala do congressista, o que naturalmente foi recebido com simpatia pelo público. “Minha presença aqui e minha provocação se dá para que não esqueçamos que há no interior do Rio Grande do Sul inteligências acumuladas, trabalhadas e diagnosticadas pelos nossos Coredes, Comudes e universidades que podem e devem nos auxiliar na busca pelo crescimento do Estado. Este não pode ser somente um ano de diagnóstico, porque isso já existe. Precisamos fazer uma agenda de ação, de conciliação e de entendimento”, avaliou. Na opinião de Albuquerque, para que o Estado cresça é preciso “desenvolver por inteiro, tem que interiorizar o desenvolvimento. Levar infraestrutura para o interior, políticas tributárias distintas para estimular novas empresas, novos empregos, novas oportunidades; tem que trazer inovação para o interior, com política de ciência e tecnologia e qualificação profissional – isso que são metas aqui ditas na maioria das intervenções – assuntos estruturantes que são comuns (às regiões)”.
O plenário lotado e a presença de representantes 19 municípios deram uma mostra do poder de mobilização de Albuquerque. “Vim aqui mais para ouvir do que para falar porque quero orientar a minha agenda no Congresso Nacional neste ano de 2010 a partir do que ouvirei aqui e em outras regiões do Estado”, afirmou. Mesmo mantendo o discurso de legislador, sem abrir muito espaço sobre a possível candidatura ao governo estadual, o tema estava implícito e não tardou para que outros membros da mesa se manifestassem em apoio ao deputado.
Investimentos em rodovias, saúde, transporte (com a Ferrosul), agricultura familiar, educação, tecnologia e redução da carga tributária foram demandas confirmadas durante as manifestações dos presentes e comentadas por Albuquerque. “A nossa região da produção pode dar a cada uma das cidades Internet gratuita. O RS é um estado que precisa ter uma visão inovadora e ousada de dar à população esse tipo de ferramental de qualificação. Nós vamos trabalhar nisso, além de iniciar as obras de adequação da BR 285, que interfere nos perímetros urbanos de vários municípios e em Passo Fundo também. Investir para qualificar cada vez mais a saúde de toda a região com os hospitais regionais, nas políticas de saúde básica de cada uma das cidades, apoiar a agricultura familiar, agregando valor a ela. Enfim essas são algumas diretrizes que nós vamos trabalhar e que ficaram muito claras aqui nesse encontro”, afirmou.
Nem chimango, nem maragato
Ainda discreto e extremamente diplomático, apesar de críticas gerais aos últimos governos, Beto preferiu o tom conciliador e defendeu a despolarização, que tem se feito tradicional em solo gaúcho. O deputado, com 47 anos, mais de 20 de vida pública, é um dos nomes mais expressivos do seu partido e também da política riograndense. A sua candidatura poderia significar uma terceira via na disputa Fogaça X Yeda.
“O que eu passei a defender desde o ano passado é a renovação política do Estado, para que possamos sair desse quadro que nos tornou refém de dois ou três partidos que brigam entre si para chamar atenção e que quando governam não resolvem nossos problemas, essa é grande realidade que tem se repetido no Rio Grande”.
Albuquerque afirmou que há anos atrás, os gaúchos eram responsáveis por 10% de toda a riqueza do Brasil. Hoje o Estado produz 6% do PIB brasileiro. “Nós perdemos 40% dessa riqueza e só ficamos assistindo os mesmos no poder, os mesmos querendo voltar e ser novamente o governo, mesmo já tendo governado sem resolver os problemas”, criticou. A perda de espaço no cenário nacional e o desenvolvimento decrescente foram creditados pelo deputado à série de disputas políticas já corriqueiras no Estado. “Nós brigamos muito e resolvemos pouco. A política gaúcha cria mais problema do que resolve e eu acho que é um tempo de reflexão para renovação política, para arranjos políticos novos, não apenas aqueles mesmos que a gente vê a cada eleição se formando, querendo mais uma vez se hegemonizar”, considerou.
“Nós temos discutido não só por uma terceira via, mas por uma frente ampla porque nós precisamos ter no RS um cicli de entendimento. Por isso eu preciso me aproximar de quem pensa diferente de mim, eu tenho que montar uma aliança política com quem está num campo. Se não como eu construo entendimento se eu não estou junto com quem pensa diferente”, explicou. A sentença também pode ser uma tentativa de justificar alianças com partidos de ideologia e origem bastante distintas, como é o caso do Partido Progressista (a priori, extrema direita), originado a partir do antigo Arena. Além do PP, PCdoB, PPS, PV, PR, PSC e PTdoB também estão em tratativas para coligação. “Estes que são partidos fora dos pólos hegemônicos de conflitos e debates. Nós estamos com paciência, com muita perseverança. Cada partido tem o seu tempo, o seu jeito. Mas eu acredito muito numa aliança com esse leque de partidos, incluindo o PTB, que está com pré-candidato na rua, o deputado Lara, que eu respeito muito e nós estamos dialogando. Quem sabe juntaremos todos os esforços para termos uma candidatura única e vencermos as eleições com uma perspectiva muito diferente daquela que nós já vimos e que não deram certo no RS”, informou.
A série de encontros vai seu uma oportunidade importante para sondar quais as necessidades dos eleitores e pode fazer diferença na corrida ao Piratini. Nos bastidores foi especulado que a campanha, se efetivada, pode ter como slogan o título das reuniões: “Assim o Rio Grande vai decolar de novo”. Parece que Beto Albuquerque já começou a alçar vôo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Desenvolvimento regional em debate

O Nacional – Passo Fundo

Duplicação do trecho da BR-285 será uma das principais demandas de Passo Fundo
Projetos do Governo Federal,prioridades regionais, planejamentomunicipal e ação da associaçãocomercial estarão em pautahoje pela manhã, durante o seminário“Desenvolvimento regional:assim o Rio Grande vai decolarde novo”. O evento acontecena Câmara de Vereadores e é oprimeiro promovido pelo deputadofederal e pré-candidato ao Governodo Estado, Beto Albuquerque(PSB). Uma atividade semelhanteele realiza ainda essa semanaem Erechim e é o pontapé inicialpara uma série de reuniões queo deputado realiza em todo o Estado.O tema norteará a agendado parlamentar e deve pautar suasarticulações junto ao GovernoFederal, do qual é vice-líder. “Nãohá problema em solo gaúcho quejuntos não possamos enfrentar evencer, sem abrir mão de nossasdiferenças, origens, ideologias econvicções. Precisamos olharpara o futuro”, afirma.Principais demandasO presidente do Conselho Municipalde Desenvolvimento, ElmarFloss, antecipa as demandasque serão apresentadas. Ele justificaque o planejamento seráexposto para que o deputado intercedapor Passo Fundo e regiãojunto ao Governo Federal, viabilizandoarticulações e a vinda derecursos. Uma das principais demandasserá a duplicação da BR-285. O total do trecho é de 17quilômetros, mas a obra devecomeçar pela parte que vai do trevoda Vera Cruz até o trevo daERS-153. “Queremos a duplicaçãoaté a Efrica. Já existe umaemenda do deputado sobre issoe agora queremos implementar aobra”, explica. Além disso, Flossquer o apoio do Governo paraassuntos como a plataforma logísticae a inserção de Passo Fundona rota da Ferrosul. Outrospontos a receber destaque são oParque Científico e Tecnológico,a construção da nova bibliotecamunicipal e o fortalecimento dacultura gaúcha na cidade.
A atividade começa às10h. O deputado federalBeto Albuquerque é oprimeiro a se pronunciar.Depois vem o presidente doConselho Regional deDesenvolvimento, EduardoFinamore, seguido pelopresidente do ConselhoMunicipal de Desenvolvimento,Elmar Floss, e dopresidente da Acisa, DimasFroner. Por fim será abertoespaço para a comunidade.À tarde, Beto estará emErechim, onde debaterá comlideranças de diversossetores da região do AltoUruguai, a partir das 17h,no plenário da Câmara deVereadores do município.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ferrosul para pôr Rio Grande nos trilhos

Diário Popular – Pelotas, 17/1/2010

No auge da discussão em torno da duplicação da BR-392, trecho Pelotas-Rio Grande, o deputado Beto Albuquerque, vice-líder do governo Lula na Câmara Federal, manifestou pela imprensa sua opinião de que, sem a realização daquela obra, não se justificariam os investimentos previstos para ampliar a capacidade operacional do porto da cidade marítima. É que ali, na confluência dessa via com a área de acesso ao ancoradouro, formava-se um dos gargalos do sistema rodoviário de transportes do Estado. De igual forma, a falta de uma ferrovia interligando o porto à rede nacional, de que nos ressentimos, mantém o Estado isolado do resto do país por essa modalidade de transportes e acarreta prejuízos de vulto ao escoamento da produção. Daí a importância da extensão da ferrovia Norte-Sul, a Ferrosul, de São Paulo até o porto rio-grandino, proposta pelos estados do Sul (Codesul) e em boa hora colocada em fase preliminar de aprovação pelo Ministério dos Transportes.
O deputado Beto Albuquerque, vice-líder do governo e coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, há pouco intermediou audiência de lideranças do Rio Grande do Sul com o ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, para exame do assunto. Segundo o parlamentar, a expansão da rede ferroviária, através da Ferrosul, revolucionará a infraestrutura de transporte na Região Sul e promoverá o seu desenvolvimento.
O projeto, que teve o endosso das assembleias legislativas, seria viabilizado pela criação de uma empresa ferroviária pública resultante da incorporação de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul como sócios do Paraná na Ferroeste. Essa empresa seria denominada Ferrosul e, por acordo de acionistas, assumiria a gestão compartilhada pelos quatro estados. O governador paranaense, Roberto Requião, aceita a proposta e tomará as medidas legais necessárias à sua concretização.
Por sua vez, o ministro dos Transportes determinou à sua assessoria técnica as providências cabíveis com vistas à mudança de traçado da ferrovia Norte-Sul, permitindo sua extensão ao Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Neste momento em que investimentos de peso, públicos e privados, são feitos em Rio Grande, transformando-o num Polo Naval de importância nacional, o apoio do governo federal ao prolongamento da ferrovia Norte-Sul até o porto marítimo do Estado representa, ao lado da duplicação da BR-392, mais um passo indispensável aos objetivos visados pelo empreendimento e uma das melhores notícias ultimamente recebidas pelo Estado e, particularmente, pela região.
Agora é a hora das prefeituras, câmaras legislativas e entidades de classe se dirigirem aos órgãos estaduais e federais envolvidos na questão, manifestando seu apoio com vistas ao cumprimento das múltiplas etapas do megaprojeto, mediante um cronograma razoável, que não se deixe embaraçar por absurdas exigências burocráticas ou questiúnculas políticas, como é comum acontecer no país.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sinal positivo para linha férrea até Rio Grande

Jornal Agora – Rio Grande, 9/1/2010

A criação da Ferrosul pode estar mais próxima. Esta semana, o coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Beto Albuquerque (PSB), foi informado que o Ministério dos Transportes concluiu e já colocou em fase de aprovação o que chama de “ensaio de diretriz de traçado” para estender a ferrovia Norte-Sul de São Paulo até o Porto do Rio Grande.Para Albuquerque, que há pouco tempo intermediou audiência de um grupo de gaúchos com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para tratar deste assunto, a resposta do governo federal atende à ação propositiva dos quatro estados do Sul para a criação da Ferrosul.Segundo o deputado, trata-se de uma visão unitária voltada ao desenvolvimento de toda a região Sul. “A Ferrosul vai revolucionar a insfraestrutura de transporte da região. É um avanço para o Sul do país”, avaliou, afirmando que a partir de agora a ideia é unificar as bancadas do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) para transformar este projeto em recursos.O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, sublinhou que a mobilização da sociedade gaúcha deu grande impulso ao projeto de criação da Ferrosul, proposto pelo Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A FerrosulA ampliação da ferrovia Norte-Sul até o Rio Grande do Sul é reivindicada pelos governadores do Codesul desde reunião realizada em 18 de novembro em Campo Grande. No dia 9 de dezembro, em audiência realizada com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, foram entregues documentos das Assembleias Legislativas e do Codesul pedindo a criação da Empresa Ferroviária Pública na Região: a Ferrosul. A empresa a ser gerida pelos quatro estados abrangidos pelo Codesul está sendo criada para planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos.A Ferrosul terá como base física a linha existente da Ferroeste, estatal paranaense, e os novos trechos que a mesma construirá ligando o Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Do ponto de vista jurídico, a nova empresa será resultado da incorporação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul como sócios do Paraná na Ferroeste, que mudará os seus estatutos, passando a denominar-se Ferrosul. Em seguida, acordo de acionistas assegurará a gestão compartilhada da Ferrosul pelos quatro estados, como preconizado na Resolução Codesul nº. 1.042, aprovada em Campo Grande, em 18 de novembro de 2009.O governador do Paraná, Roberto Requião, anunciou em 18 de dezembro, que enviará à Assembleia Legislativa projeto de alteração da lei de criação da Ferroeste, para a finalidade de abrir caminho à sua transformação em Ferrosul.O ministro Alfredo Nascimento, durante a reunião em Brasília, determinou à assessoria técnica do ministério a inclusão dos projetos da Ferroeste, apoiados pelo Codesul, no sistema nacional de bitola larga. Em cumprimento à ordem ministerial, o corpo técnico informou no último dia 5 ao presidente da Ferroeste que está em fase de aprovação pelo Ministro a diretriz de traçado permitindo que a ferrovia Norte-Sul, hoje prevista para chegar até Panorama (SP) e daí a Porto Murtinho (MS), estenda-se ao porto do Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ministério inicia debate com Ferroeste sobre a extensão da Ferrovia Norte-Sul

Agência Estadual de Notícias – Paraná, 7/1/2010

O Ministério dos Transportes comunicou ao presidente da estatal paranaense Ferroeste, Samuel Gomes, que está concluído e em fase de aprovação um “ensaio” de diretriz de traçado para estender a ferrovia Norte-Sul do estado de São Paulo ao porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, como reivindicado pelos governadores do Codesul – Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, em Campo Grande, no dia 18 de novembro de 2009, e também por lideranças políticas da região junto ao Ministro dos Transportes em audiência realizada no dia 9 de dezembro, em Brasília. Na ocasião, foram entregues ao Ministro os documentos das Assembleias Legislativas e do Codesul no sentido de criar uma empresa ferroviária pública na região: a Ferrosul.A decisão de criar a Ferrosul foi tomada pelos governadores do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul em reunião do Codesul realizada em 18 de novembro de 2009, em Campo Grande. A empresa a ser gerida pelos quatro estados abrangidos pelo Codesul está sendo criada para planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos.A Ferrosul terá como base física a linha existente da Ferroeste, estatal paranaense, e os novos trechos que a mesma construirá ligando o Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “É um crime que o Brasil tenha abandonado o sistema ferroviário. A sua retomada, integrando a malha nos quatro estados da região Sul, que formam a grande zona produtora de grãos e de carne frigorificada, vai representar grande salto de desenvolvimento para todo o País”, analisou nesta quarta-feira (6) o governador Luiz Henrique, de Santa Catarina.Do ponto de vista jurídico, a nova empresa será resultado da incorporação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul como sócios do Paraná na Ferroeste, que mudará os seus estatutos, passando a denominar-se Ferrosul. Em seguida, acordo de acionistas assegurará a gestão compartilhada da Ferrosul pelos quatro estados, como preconizado na Resolução Codesul nº. 1.042, aprovada em Campo Grande, em 18 de novembro de 2009.Para isso, o governador do Paraná, Roberto Requião, anunciou em 18 de dezembro, que enviará à Assembléia Legislativa projeto de alteração da lei de criação da Ferroeste, para a finalidade de abrir caminho à sua transformação em Ferrosul. “Vamos mandar a lei para a Assembléia”, disse Roberto Requião. Segundo ele, o objetivo é fazer a “alteração da composição societária da Ferroeste, que hoje é 99% do Estado do Paraná” para a participação dos demais Estados do Codesul. “A idéia é formarmos uma empresa pública, como o BRDE, que tem funcionado tão bem com a participação dos quatro Estados do Sul, juntos, e com muito mais força para a consecução dos objetivos finais”, afirmou Requião.O ministro Alfredo Nascimento, durante a reunião em Brasília, determinou à sua assessoria técnica a inclusão dos projetos da Ferroeste, apoiados pelo Codesul, no sistema nacional de bitola larga. Em cumprimento à ordem ministerial, o corpo técnico do Ministério informou ontem (5) ao presidente da Ferroeste, que está em fase de aprovação pelo Ministro “ensaio” de diretriz de traçado que permita que a ferrovia Norte-Sul, hoje prevista para chegar até Panorama (SP) e daí a Porto Murtinho (MS), estenda-se ao porto do Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul. Tão logo receba o ensaio de diretriz de traçado, o presidente da Ferroeste o encaminhará “à consideração dos membros do Grupo de Trabalho instituído pela Resolução Codesul nº. 1.042, cujos membros foram indicados pelos governadores, para a elaboração de um documento que oriente os governadores do Codesul sobre os impactos do traçado proposto em cada um dos Estados e na região como um todo”.Segundo o presidente da Ferroeste, “a extensão da ferrovia Norte-Sul ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não deve ser vista como um projeto isolado, porque será complementar aos demais projetos ferroviários já em andamento na região, como a ligação do Mato Grosso do Sul e do Paraguai ao Porto de Paranaguá, a ferrovia da integração que conectará o porto de Itajaí e a ferrovia litorânea catarinense, bem como a recuperação de trechos que eram operados pela Rede Ferroviária Federal e que foram desativados após a privatização. A criação da Ferrosul visa impulsionar todo este conjunto de projetos ferroviários, articulá-los entre si e com os modais rodoviário, hidroviário, aeroportuário, bem como aos portos da região”.O secretário dos Transportes do Paraná, Rogério W. Tizzot, destaca que a ampliação da ferrovia para a região Sul tem ainda mais importância ao criar uma alternativa para aliviar o transporte de cargas nas rodovias do país. “O transporte ferroviário é conhecidamente mais barato que o rodoviário. A ampliação da ferrovia vai ajudar a transferir boa parte das cargas que hoje são transportadas pelas rodovias, gerando mais economia para o setor”.Tizzot reforça também que a ferrovia vai criar um novo eixo de desenvolvimento nos três Estados. “A extensão dos trilhos para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vai ampliar o comércio e a integração entre os estados e entre as regiões e, ainda, ajudar no crescimento de diversos municípios”.BITOLA LARGAAtravés da Resolução Codesul nº. 1.042, firmada em Campo Grande, em 18 de novembro de 2009, os governadores dos quatro estados manifestam “a evidência de que a construção de novas ferrovias no Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sudeste brasileiro, atualmente planejadas e executadas pelo Governo Federal, somente se completa como projeto de integração nacional quando a ferrovia Norte-Sul interligar-se, em bitola larga, com os trilhos da Ferroeste em Maracaju, no Mato Grosso do Sul, para que, com isso, os portos do Sul do Brasil e não apenas os das demais regiões do País, possam contar com conexões com o interior do território com linhas modernas e de alta capacidade”.Samuel Gomes considera que a elaboração do “ensaio” pela assessoria do Ministério, que será encaminhado à Ferroeste, representa o cumprimento do compromisso do Ministro, assumido durante a reunião de 9 de dezembro, de que os estudos serão feitos pelo governo federal em conjunto com os estados membros do Codesul. “Assim, o ensaio de diretriz de traçado, que nos será encaminhado tão logo tenha aprovação pessoal do Ministro, marca o início do debate técnico sobre o traçado das novas ferrovias que terão que ser construídas em bitola larga para que finde a atual discriminação que pesa sobre a região Sul, suas zonas produtoras e seus portos, até o momento inexplicável e inadmissivelmente excluída do sistema nacional de bitola larga projetado pelo governo federal”, afirma Samuel Gomes.Com a extensão da Norte-Sul ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estaremos “vertebrando o Brasil, no seu interior, por ferrovias em bitola larga, do século 21, de alta capacidade, conectando-as com suas hidrovias, rodovias e portos e possibilitando ao país um salto de produtividade como resultado de uma verdadeira revolução logística”, declarou Samuel Gomes.UNIDADE POLÍTICAA unidade política criada na região também foi destacada por Samuel Gomes: “É preciso lembrar que foi o governador Puccinelli (MS), no início de 2007, em reunião do Codesul realizada em Gramado (RS), quem pela primeira vez propôs a união do Codesul em torno da expansão da Ferroeste e que foi a governadora Yeda Crusius (RS) quem propôs ao Codesul a criação da Ferrosul, em Campo Grande (MS), no dia 18 de novembro de 2009”. Segundo Gomes, “tais propostas somente foram adiante porque contaram com o apoio decidido dos governadores Requião (PR) e Luiz Henrique (SC). Isso demonstra que a união na base da sociedade da região Sul em torno de uma transformação da logística, hoje precária, encontrou expressão na ação política e administrativa dos governadores”.O presidente da Ferroeste destacou que a proposta do governo federal abre o debate técnico e político sobre o ensaio de expansão da Norte-Sul, que terá como um dos espaços principais a Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, presidida pelo deputado Jaime Martins (PR/MG). Gomes ressalta a importância da unidade das bancadas federais dos estados abrangidos pelo Codesul em torno do projeto.O deputado federal Beto Albuquerque (PSB), vice-líder do governo Lula e coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, ex-Secretário dos Transportes do Rio Grande do Sul (1999 a 2002), que solicitou a audiência com o Ministro, destaca que a resposta do governo federal vem atender “à ação propositiva dos quatro Estados para a criação da Ferrosul, através de uma visão unitária voltada para o desenvolvimento de toda a região Sul”. Segundo o deputado, a extensão da ferrovia Norte-Sul até o Sul do Brasil, “através da Ferrosul, vai revolucionar” a infraestrutura de transporte da região. É um avanço para o Sul”. Albuquerque disse que a partir de agora “a idéia é unificar as bancadas do Codesul e transformar esse projeto em recursos”.Para o deputado estadual gaúcho Jerônimo Goergen (PP), que também participou do encontro com o ministro, “o desenvolvimento dos estudos pelo Ministério é um passo a mais no projeto e fortalece os nossos esforços porque o Rio Grande entra nos trilhos do Brasil”. O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, sublinhou que a mobilização da sociedade gaúcha deu grande impulso ao projeto de criação da Ferrosul, proposto pelo Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.O presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan, também comemorou a notícia. “Como presidente da assembléia participei desse projeto e fico honrado com esse resultado”. Segundo ele, “é uma grande conquista de um movimento que começou no Paraná, contagiou Santa Catarina, chegou no Rio Grande do Sul e está em vias de ser anunciado pelo em detalhes pelo governo federal”. Para Pavan, essa é uma “obra da maior importância para toda a região Sul porque favorece a superação do gargalo de infra-estrutura rodoviária na região”.O governador em exercício do Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith, disse ontem (5) “que a extensão da Norte Sul é uma vitória do Codesul e do empenho dos governadores. A melhoria da logística no Brasil é importante para a conquista de mercados e para baratear o preço do frete. A extensão da Ferroeste de Cascavel a Dourados e Maracaju, ligando o Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, já é um projeto consolidado. Agora, temos esta outra grande notícia, que é de extensão da ferrovia Norte-Sul a Santa Catarina e ao Rio do Grande do Sul. São projetos que somam, no contexto da Ferrosul, em favor do produtor e da economia nacional”.MULTIMODALIDADEQuanto a uma eventual disputa entre os portos que estarão ligados pela nova malha de ferrovias em bitola mista – larga e métrica -, o presidente da Ferroeste Samuel Gomes afirma que “nenhum processo de integração econômica e social é isento de tensões. No novo cenário de integração logística que a Ferrosul criará na região Sul, os portos serão beneficiados em seu conjunto e cada um deles desenvolverá suas aptidões naturais e crescerá em eficiência para melhor servir à economia regional, nacional e sul-americana. O que importa é que a agricultura, a indústria e o comércio passem a contar com uma rede eficiente e de baixo custo de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Serão os donos das cargas que decidirão o melhor modo de transportá-las, sem submeter-se à exploração de nenhum monopólio. Com isso, ganha o Brasil e a América do Sul. Logo, ganhamos todos”.TRANSPORTE DE PASSAGEIROSO sistema de novas ferrovias que integrarão a região Sul entre si e com o restante do território brasileiro localiza-se “na região agrícola mais produtiva do Brasil e que também é dotada de centros industriais e de grandes portos”, diz o presidente da Ferroeste. “Por isso, estamos falando de ferrovias cuja operação, ante o volume de cargas que movimentarão, gerará receita para pagar o financiamento da construção. O transporte de passageiros não geraria receita para viabilizar a construção das novas ferrovias. Mas, uma vez instaladas as ferrovias, não tem sentido que não as aproveitemos para retomar o transporte de passageiros, entre pontos de densidade populacional média e alta, em trens modernos que desenvolvam velocidades superiores a 130, 140 quilômetros por hora”, completa Samuel Gomes.

Governo dá sinal verde para linha férrea até Rio Grande



O esforço conjunto de um grupo de gaúchos para expandir o transporte ferroviário do País começa a surtir efeito. Esta semana, o coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, deputado federal Beto Albuquerque (PSB), foi informado que o Ministério dos Transportes concluiu e já colocou em fase de aprovação o que chama de “ensaio de diretriz de traçado” para estender a ferrovia Norte-Sul de São Paulo até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Para Beto, que há pouco tempo intermediou audiência de um grupo de gaúchos com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para tratar deste assunto, a resposta do governo federal atende à ação propositiva dos quatro estados do Sul para a criação da Ferrosul. O caminho, segundo Beto, que é vice-líder do governo Lula na Câmara e foi secretário dos Transportes do Estado (1999 a 2002), trata-se de uma visão unitária voltada ao desenvolvimento de toda a região Sul. “A Ferrosul vai revolucionar a insfraestrutura de transporte da região. É um avanço para o Sul do país”, avalia Beto afirmando que a partir de agora a idéia é unificar as bancada do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) para transformar este projeto em recursos.
Defensor do projeto, o deputado estadual Jerônimo Göergen (PP), que também participou do encontro com o ministro em Brasília, o desenvolvimento dos estudos pelo Ministério é um passo a mais no projeto e fortalece os esforços porque o Rio Grande entra nos trilhos do Brasil.
O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, sublinhou que a mobilização da sociedade gaúcha deu grande impulso ao projeto de criação da Ferrosul, proposto pelo Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Reivindicação
A ampliação da ferrovia Norte-Sul até o Rio Grande do Sul é reivindicada pelos governadores do Codesul desde reunião realizada em 18 de novembro em Campo Grande. No dia 9 de dezembro, em audiência realizada no dia 9 de dezembro com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, foram entregues documentos das Assembleias Legislativas e do Codesul pedindo a criação da Empresa Ferroviária Pública na Região: a Ferrosul. A empresa a ser gerida pelos quatro estados abrangidos pelo Codesul está sendo criada para planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos.
A Ferrosul terá como base física a linha existente da Ferroeste, estatal paranaense, e os novos trechos que a mesma construirá ligando o Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Do ponto de vista jurídico, a nova empresa será resultado da incorporação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul como sócios do Paraná na Ferroeste, que mudará os seus estatutos, passando a denominar-se Ferrosul. Em seguida, acordo de acionistas assegurará a gestão compartilhada da Ferrosul pelos quatro estados, como preconizado na Resolução Codesul nº. 1.042, aprovada em Campo Grande, em 18 de novembro de 2009.
O governador do Paraná, Roberto Requião, anunciou em 18 de dezembro, que enviará à Assembléia Legislativa projeto de alteração da lei de criação da Ferroeste, para a finalidade de abrir caminho à sua transformação em Ferrosul.
O ministro Alfredo Nascimento, durante a reunião em Brasília, determinou à assessoria técnica do ministério a inclusão dos projetos da Ferroeste, apoiados pelo Codesul, no sistema nacional de bitola larga. Em cumprimento à ordem ministerial, o corpo técnico no último dia 5 ao presidente da Ferroeste que está em fase de aprovação pelo Ministro a diretriz de traçado permitindo que a ferrovia Norte-Sul, hoje prevista para chegar até Panorama (SP) e daí a Porto Murtinho (MS), estenda-se ao porto de Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul.

Ministério inicia debate com Ferroeste sobre a extensão da Ferrovia Norte-Sul

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS – Paraná, 7/1/2010

O Ministério dos Transportes comunicou ao presidente da estatal paranaense Ferroeste, Samuel Gomes, que está concluído e em fase de aprovação um “ensaio” de diretriz de traçado para estender a ferrovia Norte-Sul do estado de São Paulo ao porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, como reivindicado pelos governadores do Codesul – Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, em Campo Grande, no dia 18 de novembro de 2009, e também por lideranças políticas da região junto ao Ministro dos Transportes em audiência realizada no dia 9 de dezembro, em Brasília. Na ocasião, foram entregues ao Ministro os documentos das Assembleias Legislativas e do Codesul no sentido de criar uma empresa ferroviária pública na região: a Ferrosul.A decisão de criar a Ferrosul foi tomada pelos governadores do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul em reunião do Codesul realizada em 18 de novembro de 2009, em Campo Grande. A empresa a ser gerida pelos quatro estados abrangidos pelo Codesul está sendo criada para planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos.A Ferrosul terá como base física a linha existente da Ferroeste, estatal paranaense, e os novos trechos que a mesma construirá ligando o Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “É um crime que o Brasil tenha abandonado o sistema ferroviário. A sua retomada, integrando a malha nos quatro estados da região Sul, que formam a grande zona produtora de grãos e de carne frigorificada, vai representar grande salto de desenvolvimento para todo o País”, analisou nesta quarta-feira (6) o governador Luiz Henrique, de Santa Catarina.

Do ponto de vista jurídico, a nova empresa será resultado da incorporação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul como sócios do Paraná na Ferroeste, que mudará os seus estatutos, passando a denominar-se Ferrosul. Em seguida, acordo de acionistas assegurará a gestão compartilhada da Ferrosul pelos quatro estados, como preconizado na Resolução Codesul nº. 1.042, aprovada em Campo Grande, em 18 de novembro de 2009.Para isso, o governador do Paraná, Roberto Requião, anunciou em 18 de dezembro, que enviará à Assembléia Legislativa projeto de alteração da lei de criação da Ferroeste, para a finalidade de abrir caminho à sua transformação em Ferrosul. “Vamos mandar a lei para a Assembléia”, disse Roberto Requião. Segundo ele, o objetivo é fazer a “alteração da composição societária da Ferroeste, que hoje é 99% do Estado do Paraná” para a participação dos demais Estados do Codesul. “A idéia é formarmos uma empresa pública, como o BRDE, que tem funcionado tão bem com a participação dos quatro Estados do Sul, juntos, e com muito mais força para a consecução dos objetivos finais”, afirmou Requião.

O ministro Alfredo Nascimento, durante a reunião em Brasília, determinou à sua assessoria técnica a inclusão dos projetos da Ferroeste, apoiados pelo Codesul, no sistema nacional de bitola larga. Em cumprimento à ordem ministerial, o corpo técnico do Ministério informou ontem (5) ao presidente da Ferroeste, que está em fase de aprovação pelo Ministro “ensaio” de diretriz de traçado que permita que a ferrovia Norte-Sul, hoje prevista para chegar até Panorama (SP) e daí a Porto Murtinho (MS), estenda-se ao porto do Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul. Tão logo receba o ensaio de diretriz de traçado, o presidente da Ferroeste o encaminhará “à consideração dos membros do Grupo de Trabalho instituído pela Resolução Codesul nº. 1.042, cujos membros foram indicados pelos governadores, para a elaboração de um documento que oriente os governadores do Codesul sobre os impactos do traçado proposto em cada um dos Estados e na região como um todo”.

Segundo o presidente da Ferroeste, “a extensão da ferrovia Norte-Sul ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul não deve ser vista como um projeto isolado, porque será complementar aos demais projetos ferroviários já em andamento na região, como a ligação do Mato Grosso do Sul e do Paraguai ao Porto de Paranaguá, a ferrovia da integração que conectará o porto de Itajaí e a ferrovia litorânea catarinense, bem como a recuperação de trechos que eram operados pela Rede Ferroviária Federal e que foram desativados após a privatização. A criação da Ferrosul visa impulsionar todo este conjunto de projetos ferroviários, articulá-los entre si e com os modais rodoviário, hidroviário, aeroportuário, bem como aos portos da região”.O secretário dos Transportes do Paraná, Rogério W. Tizzot, destaca que a ampliação da ferrovia para a região Sul tem ainda mais importância ao criar uma alternativa para aliviar o transporte de cargas nas rodovias do país. “O transporte ferroviário é conhecidamente mais barato que o rodoviário. A ampliação da ferrovia vai ajudar a transferir boa parte das cargas que hoje são transportadas pelas rodovias, gerando mais economia para o setor”.Tizzot reforça também que a ferrovia vai criar um novo eixo de desenvolvimento nos três Estados. “A extensão dos trilhos para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vai ampliar o comércio e a integração entre os estados e entre as regiões e, ainda, ajudar no crescimento de diversos municípios”.

BITOLA LARGA
Através da Resolução Codesul nº. 1.042, firmada em Campo Grande, em 18 de novembro de 2009, os governadores dos quatro estados manifestam “a evidência de que a construção de novas ferrovias no Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sudeste brasileiro, atualmente planejadas e executadas pelo Governo Federal, somente se completa como projeto de integração nacional quando a ferrovia Norte-Sul interligar-se, em bitola larga, com os trilhos da Ferroeste em Maracaju, no Mato Grosso do Sul, para que, com isso, os portos do Sul do Brasil e não apenas os das demais regiões do País, possam contar com conexões com o interior do território com linhas modernas e de alta capacidade”.Samuel Gomes considera que a elaboração do “ensaio” pela assessoria do Ministério, que será encaminhado à Ferroeste, representa o cumprimento do compromisso do Ministro, assumido durante a reunião de 9 de dezembro, de que os estudos serão feitos pelo governo federal em conjunto com os estados membros do Codesul. “Assim, o ensaio de diretriz de traçado, que nos será encaminhado tão logo tenha aprovação pessoal do Ministro, marca o início do debate técnico sobre o traçado das novas ferrovias que terão que ser construídas em bitola larga para que finde a atual discriminação que pesa sobre a região Sul, suas zonas produtoras e seus portos, até o momento inexplicável e inadmissivelmente excluída do sistema nacional de bitola larga projetado pelo governo federal”, afirma Samuel Gomes.Com a extensão da Norte-Sul ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estaremos “vertebrando o Brasil, no seu interior, por ferrovias em bitola larga, do século 21, de alta capacidade, conectando-as com suas hidrovias, rodovias e portos e possibilitando ao país um salto de produtividade como resultado de uma verdadeira revolução logística”, declarou Samuel Gomes.

UNIDADE POLÍTICA
A unidade política criada na região também foi destacada por Samuel Gomes: “É preciso lembrar que foi o governador Puccinelli (MS), no início de 2007, em reunião do Codesul realizada em Gramado (RS), quem pela primeira vez propôs a união do Codesul em torno da expansão da Ferroeste e que foi a governadora Yeda Crusius (RS) quem propôs ao Codesul a criação da Ferrosul, em Campo Grande (MS), no dia 18 de novembro de 2009”. Segundo Gomes, “tais propostas somente foram adiante porque contaram com o apoio decidido dos governadores Requião (PR) e Luiz Henrique (SC). Isso demonstra que a união na base da sociedade da região Sul em torno de uma transformação da logística, hoje precária, encontrou expressão na ação política e administrativa dos governadores”.O presidente da Ferroeste destacou que a proposta do governo federal abre o debate técnico e político sobre o ensaio de expansão da Norte-Sul, que terá como um dos espaços principais a Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, presidida pelo deputado Jaime Martins (PR/MG). Gomes ressalta a importância da unidade das bancadas federais dos estados abrangidos pelo Codesul em torno do projeto.

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB), vice-líder do governo Lula e coordenador da bancada gaúcha no Congresso Nacional, ex-Secretário dos Transportes do Rio Grande do Sul (1999 a 2002), que solicitou a audiência com o Ministro, destaca que a resposta do governo federal vem atender “à ação propositiva dos quatro Estados para a criação da Ferrosul, através de uma visão unitária voltada para o desenvolvimento de toda a região Sul”. Segundo o deputado, a extensão da ferrovia Norte-Sul até o Sul do Brasil, “através da Ferrosul, vai revolucionar” a infraestrutura de transporte da região. É um avanço para o Sul”. Albuquerque disse que a partir de agora “a idéia é unificar as bancadas do Codesul e transformar esse projeto em recursos”.Para o deputado estadual gaúcho Jerônimo Goergen (PP), que também participou do encontro com o ministro, “o desenvolvimento dos estudos pelo Ministério é um passo a mais no projeto e fortalece os nossos esforços porque o Rio Grande entra nos trilhos do Brasil”. O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, sublinhou que a mobilização da sociedade gaúcha deu grande impulso ao projeto de criação da Ferrosul, proposto pelo Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.O presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan, também comemorou a notícia. “Como presidente da assembléia participei desse projeto e fico honrado com esse resultado”. Segundo ele, “é uma grande conquista de um movimento que começou no Paraná, contagiou Santa Catarina, chegou no Rio Grande do Sul e está em vias de ser anunciado pelo em detalhes pelo governo federal”. Para Pavan, essa é uma “obra da maior importância para toda a região Sul porque favorece a superação do gargalo de infra-estrutura rodoviária na região”.

O governador em exercício do Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith, disse ontem (5) “que a extensão da Norte Sul é uma vitória do Codesul e do empenho dos governadores. A melhoria da logística no Brasil é importante para a conquista de mercados e para baratear o preço do frete. A extensão da Ferroeste de Cascavel a Dourados e Maracaju, ligando o Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, já é um projeto consolidado. Agora, temos esta outra grande notícia, que é de extensão da ferrovia Norte-Sul a Santa Catarina e ao Rio do Grande do Sul. São projetos que somam, no contexto da Ferrosul, em favor do produtor e da economia nacional”.

MULTIMODALIDADE
Quanto a uma eventual disputa entre os portos que estarão ligados pela nova malha de ferrovias em bitola mista – larga e métrica -, o presidente da Ferroeste Samuel Gomes afirma que “nenhum processo de integração econômica e social é isento de tensões. No novo cenário de integração logística que a Ferrosul criará na região Sul, os portos serão beneficiados em seu conjunto e cada um deles desenvolverá suas aptidões naturais e crescerá em eficiência para melhor servir à economia regional, nacional e sul-americana. O que importa é que a agricultura, a indústria e o comércio passem a contar com uma rede eficiente e de baixo custo de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos. Serão os donos das cargas que decidirão o melhor modo de transportá-las, sem submeter-se à exploração de nenhum monopólio. Com isso, ganha o Brasil e a América do Sul. Logo, ganhamos todos”.

TRANSPORTE DE PASSAGEIROSO
Sistema de novas ferrovias que integrarão a região Sul entre si e com o restante do território brasileiro localiza-se “na região agrícola mais produtiva do Brasil e que também é dotada de centros industriais e de grandes portos”, diz o presidente da Ferroeste. “Por isso, estamos falando de ferrovias cuja operação, ante o volume de cargas que movimentarão, gerará receita para pagar o financiamento da construção. O transporte de passageiros não geraria receita para viabilizar a construção das novas ferrovias. Mas, uma vez instaladas as ferrovias, não tem sentido que não as aproveitemos para retomar o transporte de passageiros, entre pontos de densidade populacional média e alta, em trens modernos que desenvolvam velocidades superiores a 130, 140 quilômetros por hora”, completa Samuel Gomes.