terça-feira, 30 de março de 2010

Noroeste do Paraná terá trilhos da Ferrosul

DIÁRIO DA MANHÃ – PASSO FUNDO

Ao participar nesta segunda-feira (29) do ato de lançamento da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), em Brasília, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) comemorou a inclusão no caderno de obras de importantes investimentos para o Rio Grande do Sul. Para o vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, os gaúchos ganham com a destinação de recursos para a nova ponte sobre o Guaíba e para a ferrovia ligando a cidade de Panorama, em São Paulo, até Rio Grande, no Rio Grande do Sul. “Este é o começo porque sem projeto não haverá obra”, afirmou Beto.

Quando ainda era coordenador da bancada gaúcha, Beto reuniu, no início deste ano, deputados dos três estados do Sul do país para lutar por recursos para a ampliação da Ferrovia Norte-Sul até o Rio Grande do Sul, a chamada Ferrosul. Até então, havia recursos apenas para o trecho entre o Amapá e São Paulo. Com o anúncio desta segunda-feira o deputado considerou sua luta vitoriosa, já que o PAC 2 prevê a extensão da ferrovia até o Porto de Rio Grande.

O caderno de obras do PAC 2 prevê a expansão da malha ferroviária com a construção de ferrovias de bitola larga, o desenvolvimento de moderno sistema ferroviário integrado e de alta capacidade, ligação de áreas de produção agrícola e mineral aos portos, indústrias e mercado consumidor. O projeto ainda prevê a revisão do modelo regulatório com a criação de ambiente competitivo no transporte de cargas, incentivo à utilização plena da capacidade de infraestrutura e estímulo a novos investimentos.

Também está previsto no PAC 2 estudos de viabilidade de trens de alta velocidade entre São Paulo (SP) e Curitiba (PR), Campinas (SP) e Triângulo Mineiro e, ainda, entre Campinas e Belo Horizonte (MG), propiciando conexão dos principais centros urbanos do País, melhorias de mobilidade, conforto, redução do tempo e segurança. Os investimentos para as diretrizes de ferrovias estão previstos em R$ 46 bilhões.
Beto salientou ainda o protagonismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste processo, destacando que ele está na linha de frente das prioridades do PAC 2, como a duplicação das BRs 116, 290, 392, 448, 386 e a construção das BRs 470 e 285.

Ainda na seara de rodovias, o deputado federal do PSB destaca a importância da construção da BR 285, ligando o Rio Grande do Sul a Santa Catarina. “Isto é sensacional”, diz Beto lembrando que já está em obras e é uma rodovia turística. Também salientou a importância da destinação de recursos para a BR 470, entre Lagoa Vermelha e Barracão que será concluída.

PAC PREVÊ R$ 1 TRILHÃO DE INVESTIMENTOS
Com uma previsão de investimentos de quase R$ 1 trilhão até 2014, segundo anunciou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o PAC 2 é acima de tudo um planejamento importante para que futuros governos assumam com um ponto de partida para dar. Esse foi o mote destacado por Lula em seu discurso e reafirmado pelos demais ministros que passaram pelo microfone.

Beto afirmou ainda que as prioridades do PAC2 estarão explicitamente colocadas no Orçamento de 2011. “Isto é seriedade. Para municípios, projetos consistentes é a condição pra acessar recursos”, afirma. “Ter prioridades como o PAC é abandonar o improviso, é planejar e fazer”, garante Beto.

Ainda estão contempladas no PAC 2 obras como os canais irrigação nas barragens do Taquarembó e Jaguari, canal de irrigação da Costa Doce gaúcha, revitalização da hidrovia Estrela, Cachoeira, Porto Alegre, Pelotas, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar. Ainda há recursos pra habitação, creches, luz para todos, quadras de esportes, manutenção de rodovias vicinais, energia eólica e outras.

No discurso emocionado que também foi uma despedida do cargo, a ministra Dilma Rousseff ainda destacou o tratamento igualitário dado a governadores e prefeitos de todos os partidos. Segundo ela, tudo foi amplamente discutido e ainda poderá ser ajustado com os Estados e municípios. A ministra lembrou que o PAC 2 refere-se a obras para serem 4realizadas de 2011 a 2014, como a previsão de construção de 2 milhões de casas, e que as atuais, incluídas no PAC1, seguem na prioridade e no Orçamento.

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